NotíciasNOVA ENERGIA NA FRONTEIRA
BONS VENTOS PODEM TRAZER DILMA Pelo menos uma visita oficial da presidente da República Dilma Rousseff ao Rio Grande do Sul já pode ser agendada por sua assessoria. Será na inauguração da Usina Eólica Cerro Chato, no município de Santana do Livramento, ainda no primeiro semestre deste ano. A usina é formada por três parques eólicos, cada um com 15 aerogeradores e capacidade para gerar 30 megawatts (MW), totalizando 90 MW, capazes de abastecer um município com mais 200 mil habitantes. É um dos projetos que merecem especial atenção da presidente, que como ex-ministra das Minas e Energia criou o programa de energia eólica no país, hoje com mais de 40 usinas funcionando. Conforme o diretor técnico da Eólica Cerro Chato, Luiz Antônio Zank, na inauguração serão acionados cinco geradores da primeira fase da Usina (Parque 3). PRIMEIRA ESTATAL DO VENTO A Eólica Cerro Chato S/A é a empresa responsável pela implantação, manutenção e operação da usina. É controlada pela Eletrosul Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobras, empresa estatal. Tem como sócia, com 10% do negócio, a empresa Wobben, do grupo alemão Enercon um dos principais fornecedores de tecnologia em aerogeradores. A usina vai render cerca de R$ 40 milhões com a venda de energia ao sistema elétrico nacional. Os objetivos do governo ao entrar na produção de energia eólica são regular os preços e absorver tecnologia. PROTEÇÃO ÀS PLANTAS E ANIMAIS O processo de licenciamento ambiental do Cerro Chato exigiu um ano de monitoramento para identificar os animais e seus habitats, de modo a reduzir ao máximo o impacto da instalação e do funcionamento dos aerogeradores. “Esse tipo de atividade acaba modificando os hábitos de alguns animais, não habituados com circulação de veículos, além da movimentação de terra. A própria abertura de estradas mudou a paisagem e a rotina de todo aquele bioma”, afirma a geóloga Bibiane Lengler Michaelsen, responsável pela supervisão ambiental da usina. Entre os animais comuns na região da Campanha estão várias espécies de aves, cobras, tatus, lebres, além dos animais de criação – gado, ovelhas, emas. “A orientação é para que os trabalhadores se protejam e protejam os animais, até porque os animais silvestres são protegidos por lei e os animais domésticos são propriedade particular”, explica Bibiane. Com relação à flora, ela explica que os campões de mata e a vegetação ciliar são protegidos por lei e não há intervenção nesses locais, além das ‘características endêmicas’ (cactos encontrados no bioma) que devem ser conservadas, algumas vezes implicando em remoção e plantio em outras áreas. Nos campos, todas as áreas que sofreram intervenção temporária serão recuperadas. Data: 09/05/2011 Fonte: Jornal JÁ Bom Fim - Porto Alegre, maio de 2011 - Ano 26 - Número 406 |
|
![]() Rua Dom Pedro II, 1140 Porto Alegre - RS - Brasil Fone/Fax: (51) 3342.2911 woebcke@woebcke.com.br Grandes Idéias |
![]() |