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NOVA ENERGIA NA FRONTEIRA


      REVOLUÇÃO DOS VENTOS CHEGA AO PAMPA

      Uma chuva de granizo abafou os aplausos no exato momento em que o locutor agradecia a presença de todos e dava por encerrada a cerimônia. Como se fosse o sinal dos “novos tempos”, as pedrinhas brilhantes, que se acumularam no assoalho da tenda improvisada para o evento, também receberam uma calorosa salva de palmas, o entusiasmo tinha motivos. Aquele “ato simbólico” na sede da Eletrosul em Santana do Livramento marcava, em agosto do ano passado, o início das obras da Usina Cerro Chato, a primeira que vai produzir energia eólica no pampa rio-grandense. Mais que isso: as obras que começariam no dia seguinte representavam o primeiro grande projeto a se concretizar em Santana do Livramento, depois de décadas em que os principais empreendimentos da cidade se frustraram. Em qualquer lugar na cidade eram lembrados os grandes naufrágios – do Lanifício Albornoz, Swift Armour, Cooperativa de Arroz, Cooperativa de Lãs, Cooperativa de Carnes. O êxodo santanense, dos milhares de jovens que deixam a cidade a cada ano em busca de oportunidades também era lembrado.

 
       A usina estará pronta ainda no primeiro semestre de 2011. Sua construção vai custar R$ 400 milhões. Isso inclui desde abertura de estradas e acessos, a instalações das torres e seus cata ventos, até uma linha de transmissão para levar energia eólica até a rede da CEEE. O prefeito Wainer Machado calcula que entre empregos diretos e indiretos, 1.500 novas oportunidades de trabalho foram criadas na cidade. Quando começarem a girar os 45 cata ventos gigantes, produzindo 90 megawatts/ano de energia elétrica, a usina vai pagar aluguel aos 19 proprietários dos campos onde estão instaladas as torres. Vai também reforçar os cofres da prefeitura com um acréscimo de pelo menos 5% na receita de impostos. Além disso, com suas torres de 108 metros de altura em pleno pampa, o parque eólico será outro atrativo turístico para a cidade que já recebe milhares de pessoas por conta do free-shop de Rivera, a cidade uruguaia geminada com Livramento. Entre os projetos já deflagrados por essa nova energia que chega à cidade, está o de um shopping center de porte internacional, empreendimento conjunto de comerciantes locais.

BONS VENTOS PODEM TRAZER DILMA

Pelo menos uma visita oficial da presidente da República Dilma Rousseff ao Rio Grande do Sul já pode ser agendada por sua assessoria. Será na inauguração da Usina Eólica Cerro Chato, no município de Santana do Livramento, ainda no primeiro semestre deste ano.

A usina é formada por três parques eólicos, cada um com 15 aerogeradores e capacidade para gerar 30 megawatts (MW), totalizando 90 MW, capazes de abastecer um município com mais 200 mil habitantes. É um dos projetos que merecem especial atenção da presidente, que como ex-ministra das Minas e Energia criou o programa de energia eólica no país, hoje com mais de 40 usinas funcionando. Conforme o diretor técnico da Eólica Cerro Chato, Luiz Antônio Zank, na inauguração serão acionados cinco geradores da primeira fase da Usina (Parque 3).

PRIMEIRA ESTATAL DO VENTO

A Eólica Cerro Chato S/A é a empresa responsável pela implantação, manutenção e operação da usina. É controlada pela Eletrosul Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobras, empresa estatal. Tem como sócia, com 10% do negócio, a empresa Wobben, do grupo alemão Enercon um dos principais fornecedores de tecnologia em aerogeradores.

A usina vai render cerca de R$ 40 milhões com a venda de energia ao sistema elétrico nacional. Os objetivos do governo ao entrar na produção de energia eólica são regular os preços e absorver tecnologia.

PROTEÇÃO ÀS PLANTAS E ANIMAIS

O processo de licenciamento ambiental do Cerro Chato exigiu um ano de monitoramento para identificar os animais e seus habitats, de modo a reduzir ao máximo o impacto da instalação e do funcionamento dos aerogeradores. “Esse tipo de atividade acaba modificando os hábitos de alguns animais, não habituados com circulação de veículos, além da movimentação de terra. A própria abertura de estradas mudou a paisagem e a rotina de todo aquele bioma”, afirma a geóloga Bibiane Lengler Michaelsen, responsável pela supervisão ambiental da usina.

Entre os animais comuns na região da Campanha estão várias espécies de aves, cobras, tatus, lebres, além dos animais de criação – gado, ovelhas, emas. “A orientação é para que os trabalhadores se protejam e protejam os animais, até porque os animais silvestres são protegidos por lei e os animais domésticos são propriedade particular”, explica Bibiane.

Com relação à flora, ela explica que os campões de mata e a vegetação ciliar são protegidos por lei e não há intervenção nesses locais, além das ‘características endêmicas’ (cactos encontrados no bioma) que devem ser conservadas, algumas vezes implicando em remoção e plantio em outras áreas. Nos campos, todas as áreas que sofreram intervenção temporária serão recuperadas.


Data: 09/05/2011
Fonte: Jornal JÁ Bom Fim - Porto Alegre, maio de 2011 - Ano 26 - Número 406
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